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"O Cinema revelou-se no momento em que redescubro o arquipélago açoriano, terra da minha família materna. No momento do retorno, toda a experiência da infância (natureza, cheiro da terra húmida, insularidade, o mar atlântico) transbordou dentro de uma câmara de filmar. Se o território foi escolhido, é o mar em sua volta que lhe põe os limites.

 

“Balaou”, o primeiro filme, é a viagem de um barco veleiro de 12 metros no Atlântico.“É Na Terra Não É Na Lua”, o segundo filme, é o registo de 4 anos numa ilha açoriana de 3x4 metros quadrados, como se fosse um barco parado no meio do Atlântico.

 

Pode-se filmar o mar mas não se consegue filmar o mar. É o imponderável, o indomável. E por isso devemos continuar a tentar, de todos os ângulos possíveis, de todos os sítios possíveis, em dias diferenciados e com experiências atmosféricas contrastantes, ancorados no nosso olhar e na experiência alheia de quem nele trabalha.

 

Nesta instalação-vídeo vou usar todo o meu arquivo marítimo, filmado em múltiplos formatos, em momentos e locais diferentes e para vários propósitos, não como projecção de segmentos mas reinventando dispositivos de projecção e proporcionando a quem a visita uma submersão múltipla."

Inauguração Dezembro 2015 - Rua do Comércio n-116 & 118, Viseu.

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